Que horas são em São Paulo, Brasil ?

segunda-feira, março 17, 2008

MUSICAL DE PÁSCOA - Pela Manhã Vem a Alegria

“As Paixões de Bach”


Resumo da aula de apreciação musical da Faculdade Teológica Batista de São Paulo



Trechos usados.
Paixão Segundo São Mateus - Abertura até Buß und Reu
Paixão Segundo São João - Abertura e Es ist Vollbracht ( ária de contralto)
Paixão Segundo São Marcos - Abertura








O Oratório e as Paixões

Nasceu dos dramas liturgicos da Idade Média – Lingua Latina e caráter espiritual/Bíblico – com o compositor italiano Carissimi temos o grande exemplo desta forma musical.
Possui todas as particularidades do estilo operístico :
Narração recitativa
Expressão dramática
Elementos contemplativos
Utilização de corais e orquestra.

O primeiro grande representante deste tipo de oratório foi o compositor italiano A. Draghi que chegou a escrever cerca de 40 oratórios.
Na Alemanha protestante se conhecia essa forma musical desde o séc. XVII, com Schütz, usando textos Bíblicos e acresecnetando poesias livres de caráter dramatico e lírico e se aproxima, com recitativos, árias e coral, da nova forma de cantata.

A tradição das Paixões que Bach nos deixou, deve incluir–se nessa direção.
Entre 1710 e 1720 o oratório em lingua alemã se torna um elemento muito usado na vida musical.
A música de Bach é sinônimo de ordem, pureza, de clareza e simplicidade elevada a uma potência espiritual inigualada.
A partir de 1722 Bach inicia a composição da sua Paixão Segundo São João e conforme o texto do evangelista, se caracteriza por uma dramaticidade muito mais intensa do que na obra baseada no evangelho de São Mateus, estreada em 1729.
A primeira só chegou à sua forma definitiva, depois de muitas modificacões, em 1740.

A Paixão Segundo São Mateus é dividida em duas partes – entre as quais havia o sermão – tem um caráter mais lírico e mais contemplativo, mesmo que não falte a ela o elemento dramático.

Tanto nas suas cantatas e nas paixões, como nas suas composicões puramente liturgicas ( Missa Brevis, Sanctus, Missa em Si menor) a fonte principal da inspiração de Bach são os textos e deixando de lado o feito de que nas suas paixões todos os elementos adquirem proporções monumentais, o fundamento de todas essas obras vocais é sempre o mesmo e, levando-se em consideração certa evolução pessoal de Bach no transcurso dos anos e apartando-se de qualquer possível vaidade de artista, o “Soli Deo Gloria”é o seu conteúdo e o título comum.

A obra inteira de Bach pode até ser considerada como uma exegese das mais profundas da Palvra de Deus.

Eloisa Baldin
Fonte:
La Música – Livro I
Editorial Planeta, S.A.
Calvet, 51 – 53
Barcelona

quinta-feira, março 13, 2008

Poder.música – Beethoven, seu festival e a política

Poder.música – Beethoven, seu festival e a política









O festival realizado em Bonn traz cerca de 2 mil intérpretes internacionais à antiga capital alemã. Seu tema é tanto a instrumentalização da música como a exclusão política de seus criadores.
Bonn, cidade onde nasceu Ludwig van Beethoven, dedica ao mais ilustre de seus filhos um festival internacional de música. O evento é anual e tem a Deutsche Welle como parceiro de mídia.

Em 2008 o Beethovenfest transcorre entre 29 de agosto e 28 de setembro, reunindo cerca de 2 mil músicos, alguns do mais alto escalão. Durante os quatro últimos anos, o festival focalizou a relação do cosmopolita Beethoven com determinados países. Porém este ano seus organizadores iluminarão de outra forma a obra do grande compositor.














Revivendo o passado de capital


Sob o título Macht.Musik (que tanto significa "Poder.música" como também "Façam.música") o tema deste festival é duplo. De um lado está a mensagem política que o próprio Beethoven desejava comunicar em suas criações. De outro, o recrutamento ideológico a que foi submetida sua música no século 20.

O festival também canaliza a atenção para locais politicamente marcantes da ex-capital alemã às margens do Reno, ao transformá-los em salas de concerto. Entre estes, destacam-se o antigo Salão Plenário, o Palácio Schaumburg e o grand hotel Petersberg.


Música, poder, esperança









A diretora artística do evento, Ilona Schmiel, considera que "Poder.música – Instrumentalização e exclusão" abordará assuntos altamente atuais e explosivos. Partindo do legado político beethoveniano, da forma como avaliou conteúdos políticos de sua época, procura-se enfocar as obras tanto do ponto vista da instrumentalização quanto do isolamento político dos compositores.

"Música condenada ao ostracismo, proibida, a relação atual entre música e política", exemplifica Schmiel alguns dos aspectos da temática de 2008.

Um dos pontos altos do festival é um projeto do violinista inglês Daniel Hope, dedicado a artistas internos do campo de concentração de Theresienstadt. Sob o título Música era esperança, o programa apresentado por Hope, o violista Philip Dukes e o ator Ulrich Matthes inclui obras dos tchecos Gideon Klein, Hans Krasa e Ervin Schulhoff, além de trechos de uma Prece fúnebre judaica, de Maurice Ravel.

Colunas mestras









A Nona sinfonia é, sabidamente, uma das obras beethovenianas mais instrumentalizadas politicamente. O movimento final, Ode à alegria, sobre poema de Friedrich Schiller, tornou-se um sucesso para todo tipo de evento de massa, dos festejos da reunificação alemã às Olimpíadas.

O venerável maestro Kurt Masur regerá todas as sinfonias de Ludwig van Beethoven, à frente da Orchestre National de France. O ciclo é uma das colunas mestras da programação do festival, ao lado de duas integrais do mestre alemão: a de suas músicas para balé e teatro, e a dos quartetos de cordas, interpretados pelo Quarteto Gewandhaus, de Leipzig.

Agradando a gregos e troianos

A série Campus orquestral, há oito anos co-organizada pela Deutsche Welle, trará pela primeira vez um grupo de tradição. Trata-se da Orquestra Anton Rubinstein, do Conservatório de São Petersburgo. Fundada há 146 anos, dela já saíram músicos de renome na cena erudita internacional.

Porém os apreciadores de outros gêneros musicais não ficarão de fora do Beethovenfest. Venha junto! é o título do ciclo com jovens artistas de pop, jazz, chanson e performance. Um concerto para a família trará ainda a obra Fidelio, de Beethoven, em forma de ópera de bolso. (gs/av)

terça-feira, março 11, 2008

São Paulo - S.P. - Minha amada cidade

Esta foto foi tirada na semana passada - entre 3 e 7 de Março de 2008 - creio que do Pico do Jaraguá.
Vejam só que MA-RA-VI-LHAAAAAAAAAA de ar respiramos todos os dias !!!
Não é à toa que todo mundo por aqui fica com algum problema respiratório, ou nos olhos, ou na pele ... enfim , como viver com um ar desses ?
Como sempre digo - se houver uma guerra nuclear sobreviverão as baratas e os paulistanos !

quinta-feira, março 06, 2008

Metropolitan de NY celebra 125 anos com novas produções





Verdi’s Il Trovatore opens on February 16, 2009, with Salvatore Licitra in the title role.
Photo by Brigitte Lacombe






















Renée Fleming stars in the title role of Massenet’s Thaïs, opening December 8, 2008.











Berlioz’s La Damnation de Faust opens on November 7, 2008, with Marcello Giordani in the title role. Robert Lepage directs the new production, and James Levine conducts.
Photo by Nicholas Samartis












Natalie Dessay and Juan Diego Flórez star in Mary Zimmerman’s new production of Bellini’s La Sonnambula, opening on March 2, 2009.












O Metropolitan Opera de Nova York anunciou nesta quarta-feira sua próxima temporada 2008-2009, que começa em 18 de setembro.

Além das novas produções, incluirá um "réquiem" de Giuseppe Verdi (1813-1901) em homenagem a Luciano Pavarotti e uma noite de gala para festejar os 125 anos da companhia.

Entre as outras novidades do Metropolitan figuram "Doctor Atomic", uma ópera do compositor pós-minimalista John Adams, e "A Condenação de Fausto", de Robert Lepage.

quarta-feira, março 05, 2008

Marcello Giordani - Singing Italian Style


When Verdi's Ernani returns to the Met this month after an absence of more than twenty years, Marcello Giordani will take on the title role. SCOTT BARNES talks to the tenor, who has had an unusually busy New York season.

M
arcello Giordani is a humble guy — and not just humble for a tenor. Tall and handsome, with a gorgeous voice, he has the added advantage of being a persuasive actor. What has he got to be humble about? He suggests that it is his command of English; on the contrary, he speaks idiomatic and nuanced American, with just a hint of a Sicilian lilt. And he is, arguably, the greatest leading tenor of his generation, possessed of a masculine, sexy Mediterranean sound that releases into a thrilling high C and beyond. "Sometimes," says Giordani, "to offend me, someone may say, 'You sing old-fashioned.' They don't know that's a big compliment to me! Look at 'old-fashioned' singers — Pavarotti sang forty-five years! Truly, I am the only real Italian tenor singing at the top level right now. Alagna is French, Licitra is Swiss, Vargas is Mexican. My career is weird, too — a really old-fashioned career. I don't have a record contract. I spend most of the season at the Met." - Read more

terça-feira, março 04, 2008

Morre, aos 86 anos, o tenor italiano Giuseppe Di Stefano

O célebre tenor italiano Giuseppe Di Stefano morreu nesta segunda-feira (3) em Milão aos 86 anos, após quatro anos em coma, informou a agência musical "Studio Musica".

Di Stefano, que nasceu na localidade siciliana de Motta di Santa Anastasia em 24 de julho de 1921, estava em coma desde 7 de dezembro de 2004, devido aos ferimentos causados quatro dias antes por vários assaltantes que invadiram sua casa de Diani (Quênia). Em 23 de dezembro de 2004 foi transferido a um hospital de Milão, onde permanecia internado até hoje.

O nome de Di Stefano, cuja carreira artística se desenvolveu entre as décadas de 40 e 70, está ligado ao de Maria Callas, com quem cantou em várias ocasiões e com a qual estreou em 1951 em São Paulo.

Filho de um sapateiro siciliano, estudou em colégios jesuítas e foi aluno do barítono Montesanto. Estreou em 1946 no nortista Reggio Emilia, onde cantou "Des Grieux", de Jules Massenet. No ano seguinte cantou na Scala di Milano e, em 1948, no Metropolitan de Nova York, com "Rigoletto".

Com Maria Callas formou uma das duplas mais famosas do mundo da ópera, com quem apresentou, entre outras, "I Puritani", de Vincenzo Bellini; "Lucia di Lammermoor", de Gaetano Donizetti; "I Pagliacci", de Ruggero Leoncavallo; "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni; "La Bohème", e "Tosca" de Giacomo Puccini; "Manon Lescaut (Des Grieux)", de Jules Massenet, ou "Un Ballo in maschera", de Giuseppe Verdi.

Também atuou em "Rigoletto", "La Traviata", "Il Trovatore", "Aida" e "La Forza del destino", todas de Verdi. Desta forma, Giuseppe Di Stefano levou ao mercado várias recopilações das mais famosas obras do compositor, sozinho ou com Callas.

Colaborou com grandes diretores como Herbert von Karajan (1908-1989) e lotou, além de São Paulo (Brasil), Milão (Itália) e Nova York (Estados Unidos), grandes teatros da Cidade do México (México), Londres (Inglaterra), Viena (Áustria) e Edimburgo (Escócia).