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sábado, julho 18, 2009

Amanhã no Festival de Campos do Jordão

Orquestra Sinfônica de Santos

LUIZ GUSTAVO PETRI regente

Data: 18/07/2009
Horário: 16:00
Local: Concha Acústica da Praça do Capivari Campos do Jordão
Classificaçao Livre
Programa:

GABRIEL FAURÉ
Pelléas et Melisande

HEITOR VILLA-LOBOS
Bachianas brasileiras nº 2
- Prelúdio (O Canto do Capadócio)
- Ária (O Canto da nossa Terra)
- Dança (Lembrança do Sertão)
- Tocata (O Trenzinho do Caipira)

Bachianas brasileiras nº 7
- Prelúdio (Ponteio)
- Giga (Quadrilha)
- Toccata (Desafio)
- Fuga (Conversa)

Fabiana Cozza



Cantora

País: Brasil
Currículo: Com 12 anos de carreira, tem se destacado como uma das mais importantes intérpretes do Brasil/ Recebeu indicações ao Prêmio TIM 2008 nas categorias Melhor Cantora de Samba e Melhor Cantora pelo Júri Popular/ Foi convidada para turnês e gravações por artistas como João Bosco, Dona Ivone Lara, Ivan Lins, Leci Brandão, Tom Zé, Maria Rita e a Orquestra Jazz Sinfônica

Concerto lindo que assiti desta cantora fantástica que eu não conhecia ! Fez uma linda homenagem à Edith Piaf, cantando seus maiores sucessos, como L'Accordeoniste, Millord, La vie en Rose ... Bravissima !

A Jazz Sinfônica, como sempre , uma maravilha ! Maestro Galindo, Bravo !
Bravi tutti !!

quinta-feira, julho 16, 2009

Músicos em trânsito: por que não tocar em Londres e nos EUA

15 DE JULHO DE 2009 - 18h20

O trauma de se conseguir um visto para entrar em países como Estados Unidos e Inglaterra chegou ao cotidiano dos músicos. A revista da BBC, edição de julho, noticia que a English National Opera, de Londres, foi obrigada a mudar os planos para uma nova produção de Cosi Fan Tutte, de Mozart.

Por João Luiz Sampaio*, em seu blog

Tudo isso porque o diretor convidado, o iraniano Abbas Kiarostami, recusou-se a passar por todo o procedimento legal necessário à obtenção de um visto de trabalho: “filas quilométricas, impressões digitais, entrevistas cansativas”, em suas palavras. Segundo Kiarostami, o mesmo visto lhe foi concedido de maneira natural em outros países europeus.

A reação das partes envolvidas é emblemática dos dois principais argumentos em torno de questão tão complexa. Para John Berry, diretor da ENO, “é uma pena vivermos em uma situação na qual alguém como Kiarostami é levado a acreditar que sua presença em nosso país não é desejada”. Já um porta-voz da Alfândega do Reino Unido respondeu que “esses procedimentos são parte crucial na segurança de nossas fronteiras e não vamos pedir desculpas por eles”.

O caso de Kiarostami não é o único. Há alguns meses, o pianista Kristian Zimerman anunciou, durante recital em Los Angeles, que não tocará mais nos Estados Unidos: entre os motivos, o problema que tem toda vez que entra no país (na verdade, a imigração cisma mesmo é com o seu piano, que ele leva em qualquer viagem).

Mais um: a Ryan Airlines está proibindo violinistas e músicos de instrumentos pequenos de levá-los a bordo, obrigando-os a despachá-los como bagagem (já imaginou você viajando a Paris e seu Stradivarius de U$ 5 milhões indo parar em Honolulu?). A opção, para quem quiser levar o instrumento a bordo, é comprar outra passagem.

Sobre o assunto, o maestro Mark Elder fez um pequeno discurso em concerto recente: “Parece que nos próximos anos o que vamos ouvir é concertos para orquestra e lap-top”. Também o pianista Grigory Sokolov abriu mão de concertos para os quais foi convidado em Londres quando soube que teria de ser entrevistado na embaixada sobre os motivos de sua viagem.

Desde 2002, ficaram célebres também casos de cantores de ópera do Leste Europeu que recusaram contratos no Metropolitan de Nova York por conta das investigações feitas pelo departamento de imigração norte-americano, que incluía entrevistas com familiares, vizinhos e amigos dos artistas. O que vocês acham?

* João Luiz Sampaio é jornalista do O Estado de S.Paulo

quarta-feira, julho 08, 2009

The Education of a Chorus


Horst in rehearsal for Opera Theatre of Saint Louis's 2007 staging of The Mikado














The Canadian Opera Company chorus in action in Simon Boccanegra, 2009






Sandra Horst is chorus master at both Canadian Opera Company and Opera Theatre of Saint Louis. WILLIAM R. BRAUN finds out what kind of basic training makes her two very different ensembles tick.

Operagoers who give any thought to the matter can doubtless imagine many of the elements that go into the participation of the chorus. Obviously, there's the pronunciation of the text,
the learning of notes, the clarity of attacks and releases. But few in the audience could guess what Sandra Horst — chorus master of both Opera Theatre of Saint Louis and Canadian Opera Company in Toronto — does to her singers as the final step before she turns them over to the stage director and the conductor: she tries to throw them off.

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The Education of a Set Designer



Allen Moyer, ever the keen observer, finds inspiration for his aesthetic vision wherever he looks — as JULIE CONNELLY discovers.

Few people start out knowing that they want to design sets for the opera. Scene designer Allen Moyer had planned to become a scientist but was done in by the required college chemistry courses. By default, he began taking classes in dramatic literature and started reading a lot of plays. Gradually, he realized he wanted a career in the theater, but he wasn't sure whether his future lay in directing or design. After he earned an MFA degree from NYU's Tisch School of the Arts in his late twenties, however, his path was set. Too restless to be cooped up in rehearsal rooms helping actors and singers develop their characters, he chose scene design and the opportunity it brought to work on his own. His designs have appeared in celebrated productions at New York City Opera, the Met, San Francisco Opera, Santa Fe Opera, Opera Theatre of Saint Louis, Seattle Opera and Houston Grand Opera. His deconstruction of the Beale manse in the musical Grey Gardens was just one of the many efforts that earned him an Obie for sustained excellence in set design in 2006.

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terça-feira, julho 07, 2009

Os pianistas devem ser bonitos como as violinistas, diz Alfred Brendel


Alfred Brendel leva as pessoas a refletirem sobre a música. Não apenas seus discípulos, também os leitores de seus livros e poemas, os ouvintes de suas palestras. Difícil encontrar alguém que haja refletido tanto quanto o pianista de nacionalidade austríaca, em seus quase 60 anos de carreira. Quanto ao repertório, concentrou-se em seus poucos favoritos entre os compositores: Haydn, Mozart, Beethoven e Schubert.

Em dezembro de 2008, Brendel encerrou a carreira no palco. "Para mim, os concertos não eram como uma droga. Pensei: não quero continuar tocando tanto tempo que se comece a notar o esforço que dar concertos representa quando se fica mais velho". Agora, ele dispõe de mais tempo, inclusive para receber honrarias. Sob o título "As Grandes Escolas Pianísticas do Presente", o Klavierfestival Ruhr, realizado de maio a julho, dedicou-lhe uma semana de homenagens, durante a qual se apresentaram quatro de seus alunos.

Um deles, Kit Armstrong, tem apenas 17 anos de idade, mas já é "um dos melhores intérpretes de Bach", segundo Brendel. Outro, Herbert Schuch, conta sobre sua primeira aula com o mestre. "Ele me disse: 'é, o senhor toca piano muito bem'. E esse foi todo o circunlóquio, daí partimos para a ação".

A experiência foi marcante: Schuch, que acabara de gravar sonatas de Franz Schubert, descartou as interpretações e reviu sua concepção sobre tudo, depois da aula com Brendel. "É sempre tudo ou nada", assim o jovem pianista caracteriza o método brendeliano. "Desde que estive com ele, ouço os pianistas com ouvidos totalmente outros."

A procura da ideia na obra
A palavra "alunos" soa fraca demais para indicar pianistas que nada mais têm a aprender do ponto de vista técnico, mas que se beneficiam com os profundos insights do mestre. No que concerne Schuch, por exemplo, Brendel louva em especial seu apurado ouvido para timbres. A intervalos irregulares, os dois pianistas se encontram na residência de Brendel em Londres, para tardes de análise musical em profundidade.

"De vez em quando, sempre que posso, tenho ajudado jovens pianistas na qualidade de colega mais velho e experiente, mas que, por vezes, penetra bastante nas minúcias." Com seus discípulos, Brendel busca o caráter imutável de cada peça: a "ideia da obra" deve vir à tona, da forma menos distorcida possível.

Alfred Brendel é considerado um dos maiores pianistas clássicos vivos. Ele nasceu em 5 de janeiro de 1931, em Vízmberk (hoje Lou? nad Desnou, na República Tcheca). Em 1950 mudou-se para Viena, e em 1970 estabeleceu-se em Londres, no bairro de Hampstead.

O virtuose aposentado tem sido presença obrigatória no festival de piano da região do Vale do Ruhr nos últimos 13 anos. Ele vê numerosos grandes talentos entre a nova geração de pianistas. Mas também exibicionistas do teclado, que mal estão em condições de executar um concerto de Beethoven decentemente.

Há algo que os jovens pianistas já têm que necessariamente trazer consigo, que não se pode lhes ensinar? "Um saudável senso de ritmo. A habilidade de perceber processos harmônicos e de reagir a eles. E a procura de um som cantábile", resume Brendel.

Além de seus conhecimentos profundos, o senso de humor é outra característica notória dessa lenda viva, apelidado "venerável presidente do alto pianismo internacional": "Se me perguntassem se gostaria de ser um jovem pianista hoje, eu diria: os pianistas jovens de hoje em dia têm algo a aprender com os violinistas. Sobretudo com as violinistas, que são tão bonitas de se olhar. Aí fica tudo tão mais fácil!"

Revisão: Roselaine wandscheer