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domingo, março 25, 2007

Líderes da União Européia celebram 50 anos do bloco


Tony Blair e Angela Merkel

Governo alemão optou por omitir divergências de declaração conjunta
Líderes da União Européia reunidos em Berlim deram início neste sábado às celebrações pelos 50 anos do bloco, fundado em 1857 com o Tratado de Roma.

A programação de gala começou com um concerto regido pelo maestro britânico Simon Rattle e seguido por um jantar na residência do presidente da Alemanha, Horst Koehler.

A Alemanha sedia as comemorações que conta com a presença dos 27 chefes de Estado e governo da UE porque atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco.

Casas noturnas e museus de Berlim também estão promovendo eventos especiais por causa do aniversário do bloco.

Para a chanceler alemã, Angela Merkel, a própria cidade é um testemunho da importância da unidade européia.

"Uma cidade que já foi ela mesma divida e agora está reunida representa simbolicamente o que deu certo na Europa ao longo dos 50 anos", afirmou Merkel.

Declaração de Berlim

No domingo, os líderes também deverão divulgar a Declaração de Berlim, enfatizando as conquistas dos 50 anos do bloco e os desafios que existem pela frente.


Para Merkel, história de Berlim simboliza sucesso europeu

Entre os avanços, serão citados a abertura das fronteiras, o mercado e a moeda comuns e o fim das divisões que marcaram a Guerra Fria.

"Nós, os cidadãos da Europa, nos unimos pelo melhor", diz o esboço da declaração, redigido pela Alemanha, que tenta relançar o debate sobre a Constituição Européia, rejeitada por eleitores franceses e holandeses em 2005.

A correspondente da BBC em Berlim, Oana Longescu, informa que a Constituição e outras grandes divergências entre os membros do bloco, como a entrada da Turquia, deverão aparecer com pouco destaque na declaração.

Diante da oposição da República Checa, Polônia e Grã-Bretanha e da proximidade das eleições presidenciais na França, o governo alemão teria optado por se referir a essas diferenças em termos vagos.

Na única referência velada às discussões sobre a Constituição, o texto menciona a necessidade de "colocar a UE em uma base comum renovada" antes das eleições para o Parlamento Europeu, em 2009.

A Alemanha espera que os líderes possam chegar a uma nova declaração até o fim deste ano, ou no máximo até o início de 2008, de forma a ser ratificado antes do segundo semestre de 2009.

Diversos líderes europeus acreditam que o projeto da Constituição emperrará novamente se os países-membros decidirem submetê-la a referendos.

Uma pesquisa feita pelo centro de estudos Open Europe sugere, porém, que três quartos dos europeus gostariam que qualquer tratado dando mais poder à UE passasse pelo crivo popular.

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