Há pouco mais de um ano Pavarotti tinha sido operado com sucesso a um cancro no pâncreas, mas sofria de problemas respiratórios e de tensão.

No início de Agosto tinha sido internado com uma infecção respiratória, mas apesar de poucos dias depois ter recebido alta hospitalar, o seu estado de saúde era muito débil.

De acordo com os médicos, que o assistiram durante esta madrugada, Luciano Pavarotti estava com uma grave insuficiência renal e perdeu várias vezes a consciência.

Acabou por não resistir aos problemas de saúde, morrendo ladeado pela família, amigos e médicos.

O "tenor do povo"

Considerado um dos melhores da sua geração, Luciano Pavarotti ajudou a globalizar a ópera e aproximou-a de todas as camadas da sociedade.

Filho de um padeiro e de uma funcionária da indústria do tabaco, Pavarotti teve um início de vida modesto, mas conseguiu tornar-se num ícone no mundo da ópera.

Durante 40 anos encantou o público pela intensidade com que interpretou obras musicais. No Central Park, em Nova Iorque, chegou a actuar para 500 mil pessoas e foi visto por milhões através da televisão, e na Torre Eiffel conseguiu reunir 300 mil espectadores num espectáculo.

Ficou conhecido por duetos com estrelas do rock ou do jazz, como Elton John, Brian Adams, Andrea Bocelli e Liza Minelli, que fizeram parte de "Pavarotti and Friends", projecto de caridade que organizava todos os anos com amigos artistas.

Pavarotti morreu nas primeiras horas de hoje, em Modena, a cidade que o viu nascer