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quarta-feira, agosto 04, 2010

VESPERAIS LÍRICAS 30 ANOS - ZANETTO, Mascagni









VESPERAIS LÍRICAS 30 ANOS

2º semestre de 2010

Zanetto – Mascagni

10 de Agosto às 18h30 – Sala Olido

12 de Agosto às 20h00 – Teatro João Caetano

Zanetto – Silvia Tessuto

Silvia – Angélica Feital

Consciência de Silvia – Rosana Barakat


Karin Uzun - piano

Eloísa Baldin – Direção cênica e concepção


Desenho de luz - Roberto Fernandes de Paiva

Legendas - Ériko Bitencourt Mestrinari

Figurinos e cenários - Central de Produção do Teatro Municipal de São Paulo "Chico Giacchieri"

Coordenação – Eloísa Baldin


Resumo:

Esta pequena pérola do universo operístico foi, ao nosso ver, injustamente esquecida dos grandes palcos mundiais.

Mascagni, ele mesmo, a considera apenas um esboço.

Embora de história simples, ela é impregnada de elementos e arquétipos simbólicos femininos: a perda, o desencontro, a esperança, a busca pelo amor verdadeiro e o temível passar dos anos, qual um punhado de areia que se escoa por entre os dedos.

A peça original, composta por François Coppée, denominada Le Passant foi estreada pela novata desconhecida Sarah Bernardt em 1869, quando ela contava com vinte e cinco anos. A peça teve uma imensa receptividade e teve de ser levada inúmeras vezes, inclusive a pedido do próprio Napoleão III. Foi reencenada quase vinte anos depois e talvez foi nessa época que Mascagni teve oportunidade de assistir e de se encantar, levando-o a escrever esta obra.

Silvia é uma senhora experiente e bela, solitária e desencantada com sua própria vida. O surgir de um simples trovador andarilho, Zanetto, jovem e desprentencioso, a faz retomar todos os seus anseios pelo Amor, esse sentimento tão complexo e de tanta abrangência. O encontro dos dois, numa situação que dura apenas o tempo exato da obra, leva Silvia a refletir em sua vida, a relembrar fatos passados, a aceitar sua própria existência, a respeitar e deixar livre enfim aquele que poderia concretizar a sua felicidade. Esse momento de arbítrio extremo e altruísta, a liberta de todos os seus pensamentos de culpa e de tristeza.

Tivemos a liberdade poética de criar um personagem que é o espelho de Silvia, sua consciência, e é nela que Silvia procura a resposta aos seus anseios e temores.

Mascagni compôs a ópera em 1896 e foi estreada em 2 de maio do mesmo ano, no Liceu Musical Gioachino Rossini.

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